10 de dezembro de 2005

Notícias várias - agrupadas até Maio de 2004

Notícias - Várias - Agrupadas

25.5.04

Convívio das Comemorações dos 16 Anos da Freguesia

Por vontade de várias encarregadas de educação das crianças, o convívio passou para Domingo, dia 23 de Maio, à tarde, e para a Mata por detrás da Escola. Por “vontade” do S. Pedro que fez chover, e muito, houve que transferir o evento, à última da hora, para a Sede da União D. T. Vilafranquense, UDV. Por fim, aqui se concentraram as atenções e o movimento. Em primeiro lugar, com a muita garotada a fazer uma barulheira dos diabos. Com jovens e adultos a procurarem acompanhar.

Realizaram-se, então, vários jogos mais ou menos tradicionais. Destaque para o “andamento” com arcos em “verguinha” ou ferro chato. Com a “forrencha” ou“ferrencha” – antigamente soava-nos das duas maneiras – a empurrar o arco, guiada por mão (antes) hábil, para exemplificar. Dentro da Sede da União, os arcos escorregavam muito no cimento. Esta modalidade, digamos que “em pista coberta”, com os seis arcos a “atropelarem-se”, cedo deixou a desejar. Por iniciativa de alguns adultos – alguns dos quais já não “andavam de arco” há mais de 40 anos – as “corridas” transferiram-se para a rua exterior, embora ainda caíssem umas beirolas de chuva. E estes “maduros” não deixaram os créditos por mãos alheias:- fizeram mesmo uma corrida, com partida e tudo, até ao cruzamento das Casas Novas, com regresso até à frente da União. Serão para aí uns 200 metros, ao todo. O suficiente para chegarem a rebentar do esforço e a culparem os arcos que, diziam a custo enquanto arfavam, “saltavam muito no asfalto”. E, de facto, há 40 anos atrás, não havia nem asfalto nem calçada… nas ruas da Terra. Claro que vários dos garotos – os mais novos nunca tinham andado com este tipo de arcos – não mais os largaram, experimentando, insistindo, até conseguirem uns metros com o arco direito…depois novamente.. assim, até as mães ou os irmãos mais velhos os virem “rebocar” para dentro da Sede, para o “lanche”.

Entretanto, e sempre dentro da Sede, tinham lugar as corridas em sacos e outros jogos mais. A animação era muita e a algazarra ainda mais!

Já a tarde ia adiantada quando se avançou para as mesas, para o “lanche-partilhado” ( fora feito apelo para as pessoas levarem alguns “comes-e-bebes”). As febras assadas na brasa (mesmo debaixo de chuva), o tinto e algum branco, vasta doçaria fizeram então as honras da festa. Com crianças, jovens e adultos ou à volta das mesas (de pé) ou sentados, a comer, pois claro !

E já a noite caía, enevoada, quase fria, quando as gentes debandaram. Algumas delas ainda foram comer uma sopinha, em casa. Não porque estivessem com fome mas porque a sopa é a “tranca da barriga”. E já sem se ver bem mas ainda soava, descida abaixo, um dos arcos em metal. De certo empurrado por mão quase hábil, com duas ou três horas de treino, nessa tarde em que se comemoraram os 16 Anos das criação da nossa Freguesia.

Jano - 25 Maio 2004


16.5.04
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Comemorações dos 70 Anos da União Desportiva e Tuna Vilafranquense, UDV

A 8 de Julho a União completa 70 anos.

Para assinalar a efeméride, a actual Direcção prepara algumas iniciativas. Dia 8 ( Quinta-Feira) com uma “evocação” e um convívio na Sede. No fim-de-semana, 10 e 11 de Julho, com futebol, no Campo das Carvalhas. O Rancho Rosas de Vila Franca actuará nesse Domingo. Vai ser feito um emblema especial da União para ser oferecido aos Sócios com mais de cinquenta anos como associados. E também para ser vendido.

Entretanto, a Direcção pensa promover esforços com o objectivo de se pintar as paredes exteriores e interiores da Sede. O que também significa mais despesas…

A 7, 8 e 9 de Agosto são os tradicionais Festejos de Verão no recinto de jogos e festejos – o Campo das Carvalhas.

De Sócios e Amigos da UDV se espera a maior colaboração.

Para manter a União “ Viva e Sempre Jovem ! ”

Maio 2004 - Jano

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Comemorações dos 16 Anos da Freguesia

A 23 de Maio faz 16 anos que foi criada a nossa Freguesia.

Desta vez, a Junta de Freguesia promove um convívio aberto mas em especial destinado a encarregados de educação e alunos das Escolas. Este convívio é no Sábado, dia 22. No Domingo, 23, haverá uma “salva” com morteiros.
Maio 2004 - Jano

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“Abaixo-assinado”A reclamar correcções ao traçado e à sinalização da “Estrada da Morte”

Está a correr, durante o mês de Maio, um “abaixo-assinado” entre a População a reclamar correcções ao traçado e à sinalização da “Estrada da Morte” que atravessa Vila Franca, Ervedal e Aldeia. O objectivo é alertar, mais uma vez, as entidades com responsabilidades em matéria de segurança e prevenção rodoviárias, para a necessidade de prevenir, através de intervenções físicas, os acidentes graves que se sucedem neste curto mas muito perigoso troço de estrada.

Também está criada uma “comissão de utentes-residentes” - com pessoas de Ervedal, Vila Franca e Aldeia – para acompanhar a situação e manter “apertados” contactos com essas entidades, e que são a Câmara Municipal, o Governo Civil de Coimbra, o Instituto de Estradas de Portugal e o Ministério dos Transportes. Caso não se obtenha garantias concretas de que em breve vão ser feitas as indispensáveis correcções ao traçado e à sinalização da estrada, então o protesto vai subir de tom !... Porque mais vale prevenir que remediar e desastres há que, depois, não têm remédio !...

Maio 2004 - Jano

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“Grupo de Jovens” assinalou o 25 de Abril, em Vila Franca

O “Grupo de Jovens” promoveu uma iniciativa de convívio na Sede da UDV a que chamou de “Quiosque da Juventude”. Com música, lanche e uma “rifa” para angariar alguns fundos. Com o convívio “informal” que os jovens gostam de usufruir.

Maio 2004 - Jano

4.5.04
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Notícias da Argentina

A nossa amiga, Ana Maria Borges Diniz, enviou notícias da Argentina. Poderão ver, "clicando"
em "Vila Franca da Beira e o Mundo", na página principal deste "site".

25.4.04

\RECORTE\ -Jornal "DIÁRIO DE NOTÍCIAS" - (País) - 25.04.2004
OLIVEIRA DO HOSPITAL - Cidadãos exigem melhorias na EN231-2

Um grupo de ciddãos de Oliveira de Hospital vai exigir, em abaixo-assinado, que seja melhorado um troço da estrada nacional 231-2, onde ocorreram vários acidentes mortais, anunciou ontem um dos promotores da iniciativa.
21.4.04


A T E N Ç Ã O !

Reunião com a População
Sexta-Feira, 23 Abril, 2004 -- 21 horas
No edifício da Junta
…Pelas correcções necessárias ao traçado e à sinalização desta parte da Estrada.
É preciso “matar” a “estrada da morte”!
E antes que ela mate mais alguém……Vamos decidir o que mais fazer e reclamar.
Compareça !
…Vila Franca da Beira, 20 de Abril de 2004
A Junta e a Assembleia de Freguesia

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20.4.04-- O último acidente na "estrada da morte" --

dois quilómetros de Ervedal - Vila Franca da Beira - Aldeia Formosa - Seixo da Beira -- deu-se cerca das 10 horas de 19 de Abril. Foi no cruzamento, perto da Balas, da estrada que vem de dentro do Ervedal com a nova estrada de ou para Oliveira do Hospital, a EN 231-2 . Um automóvel ligeiro entrou inadevertidamente na estrada principal e provocou um choque com uma carrinha de transporte dos idosos que iam para o Centro de Dia, no Ervedal. Resultou num morto -- Armando Fontes Frade - o condutor do automóvel, e em dois feridos a inspirar cuidados:- Adélia Ribeiro Fontes Frade e Alexandrina de Jesus Carvalho. Mais uma tragédia !

Da Junta de Freguesia sai mais uma tomada de posição pública:
Para:
Sr. Ministro da Administração Interna;
Sr. Governador Civil de Coimbra;
Sr. Presidente do Instituto de Estradas de Portugal;
Sr. Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital;
À Opinião Pública:

A “ ESTRADA DA MORTE ” CONTINUA A MATAR NO CONCELHO DE OLIVEIRA DO HOSPITAL

Dia 19 de Abril, mais uma vez a tragédia ! Um morto e dois feridos (hospitalizados) em mais um grave acidente (choque entre veículos) no fatídico troço da EN 231-2, entre Ervedal da Beira e Vila Franca da Beira, no concelho de Oliveira do Hospital.

Assim, nos últimos doze anos sobe para doze o número de acidentes mortais neste curto troço – 2 Km - da já tristemente célebre “Estrada da Morte”.

A Junta de Freguesia e Vila Franca da Beira exprime o seu pesar perante o acontecido, em especial junto dos familiares dos sinistrados. Mas, ao mesmo tempo, também exprime a sua mal contida revolta perante a negligência das entidades com responsabilidades directas em matéria de segurança e prevenção rodoviárias. No caso, o Ministério da Administração Interna, o Governo Civil de Coimbra e a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.

De facto, depois de tantas e tão frequentes tragédias, depois de tantas chamadas de atenção e de tantas recomendações, depois de insistentes contactos – acontece que essas entidades continuam sem tomar todas as medidas objectivas que as condições da estrada em causa há muito exigem.

SIM, JÁ HÁ NEGLIGÊNCIA
APESAR DAS MELHORIAS E DE CERTOS PLANOS

Sobretudo por parte da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital tem havido progressos: - primeiro, foi a instalação de Semáforos para controlo de velocidade dentro de Vila Franca da Beira (em 2002) e, agora, há planos para arranjo de uma via alternativa ao troço “assassino”, com a rectificação (em 2005) da estrada municipal que vai de Aldeia Formosa – Ponte do Moinho do Buraco – Ramal de Travancinha – Estrada principal (EN 231-2 ) para Oliveira do Hospital. A concretizar-se, bem e depressa, esta alternativa será fundamental.

Porém, também é verdade que, entretanto, ainda não foram feitas certas correcções “cirúrgicas” ao troço em causa e, repete-se, apesar das múltiplas recomendações e dos trágicos acidentes. Uma dessas correcções, que aliás recolhe acordo generalizado, é a construção de uma rotunda no preciso local onde se deu este último acidente.

Mas também é necessário um (grande) reforço da sinalização vertical- nas bermas - e horizontal – sobre o asfalto. A intenção é, sempre, a de fazer reduzir a velocidade do trânsito e mobilizar a atenção dos condutores. Com o objectivo de se diminuir bastante o perigo e evitar a tragédia!
Portanto, é mais que tempo da Câmara Municipal ou seja lá quem for introduzirem tais melhorias. É isso mesmo que esta Junta de Freguesia e a População não desistem de reclamar.

Não sem experimentarem já uma certa e mal contida revolta...

Sexta-Feira, 23 de Abril ( 21 h.), Junta e Assembleia de Freguesia vão reunir com a População para se decidir o que mais fazer e reclamar, a curto e a médio prazos.

Vila Franca da Beira, 20 de Abril de 2004
Pel´ A Junta de Freguesia
O Presidente
(João Dinis)

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25 de Abril - 30 Anos Depois...


Quase 50 anos de obscurantismo e opressão “ uma eternidade”, deixaram Portugal mais pobre, na ignorância do desenvolvimento económico e científico que ia pelo Mundo. Enquanto outros cresciam colaborantes nós ficávamos “…orgulhosamente sós!...”.

Na chamada primavera marcelista, o governo pós – mas ainda – Salazar quis dar um certo ar de abertura e auto-denominou-se de “ evolução na continuidade “, mas o certo é que a guerra colonial continuou matando ou estropiando os jovens que a ela eram obrigados. Quem ousasse discordar dos preceitos da ditadura ou era preso ou exilado. As prisões políticas estavam cheias. Aos mais capazes, àqueles que se atreviam a falar de direitos humanos, era coarctado o acesso ao ensino ou outros cargos onde pudessem “mexer” na mente do povo. Era o evoluir na continuidade da não evolução.

Foi então que há 30 anos, (tão pouco tempo), um punhado de bravos acabou com este estado de coisas e a Revolução de Abril escancarou as portas da liberdade e da democracia e o povo, finalmente, gritou liberdade e clamou pelo direito à paz, ao trabalho, ao pão, à saúde, à habitação, e, através do voto, foi escolhendo os seus representantes que democraticamente conduziriam ao desenvolvimento da pessoa e do todo português. Acreditou e foi conquistando lugares, direitos e benefícios sociais que antes lhe eram negados.

Infelizmente, hoje, alguns saudosistas do “ primaveril estado “, que à palavra revolução querem opor a sua evolução na continuidade, que é a do voltar para trás, e por isso tentam anular algumas das conquistas ganhas com a Revolução. Torna-se necessário mudar, ir aos ideais de Abril e, manter bem vivo o espírito da nossa Revolução dos Cravos.

Não podemos permitir que políticas neo-liberais nos tirem de quase todos para dar a meia dúzia. Saibamos ser dignos de Abril não permitindo regressos ao passado, que seriam passos atrás no nosso futuro.

25 de Abril sempre !

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28.3.04- ENTRUDO 2004 -
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A directa iniciativa de um grupo de Sócios, com o apoio da nova Direcção da UDV e da Junta de Freguesia local, realizou-se animado "Baile de Entrudo", no dia 23 de Fevereiro.

O Baile foi "abrilhantado" por um duo musical da região e enquadrou um "concurso" de disfarces com prémios pecuniários instituídos.

Corresponderam muitos foliões (e não só) que encheram o Salão Grande. E assim se bailou e conviveu durante toda a noite. Também houve quem optasse mais pelo serviço do (novo) Bar... Mas todas e todos se divertiram... e a bom preço!.

João Dinis, Jano

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20-02-2004 - MASCARADA DAS CRIANÇAS DAS ESCOLAS

As crianças das Escolas também saíram à rua, mascaradas. Foi na Sexta-Feira "Gorda", dia 20 de Fevereiro. Uma brincadeira que antecede as férias "do Carnaval". Agrada muito às crianças mas, também a professores e auxiliares da acção educativa. E, claro, enche de satisfação, pais, avós e demais pessoal.



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21-02-2004 TOMADA DE POSSE DOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA UDV

"Tomada de posse" dos titulares dos Órgãos Sociais da União Desportiva e Tuna Vilafranquense - UDV, para o biénio de 2004 / 2005.



Votos de bom trabalho !...

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Na sessão da Assembleia Geral ELEITORAL da União Desportiva e Tuna Vilafranquense, UDV,

realizada em 30 de Janeiro de 2004, foram eleitos os seguintes Órgãos Sociais para os próximos dois anos de mandato:
Mesa da Assembleia Geral
Presidente Joaquim José Pinheiro da Fonseca
1º Secretário António Augusto Tavares Simões
2º Secretário Amadeu António Monteiro
Direcção
Presidente José da Silva Pereira
Vice-Presidente João Manuel Fontes Dinis
Tesoureiro Fernando Marques Dinis
1ª Secretária Sílvia Ramos
2ª Secretária Nancy Garcia
1º Vogal Paulo Coelho
2º Vogal Vítor Pais
3º Vogal Jorge Pereira Marques 4º Vogal Luís Carlos Garcia
Conselho Fiscal
Presidente António dos Santos Ramos
1º Relator João Brás
2º Relator Amadeu Roque

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Assembleia “Comensal” Do Núcleo de Veteranos (futebol e não só) da União – 24 de Janeiro – 2004

Sábado, 24 de Janeiro, à noite. Casa do António Simões e da esposa, Dª Iolanda. Fica no “prado”, ao fundo do Povo. Está-se lá bem e à vontade. Como já é de tradição.
Os convivas começam a chegar a meio da tarde. Pelo menos alguns deles. Há que preparar as iguarias. É preciso “assessorar” o “grão-mestre-de-cozinha”, o António Simões. Tenta-se evitar demasiada sobrecarga sobre “os mesmos”.

António Simões e Dª Iolanda no controlo das operações culinárias.
As duas filhas do casal anfitrião – a Carla e a Sandra – também dão uma (boa) ajuda. E até os “convidados especiais” da festança, o Eurico “Algarvio” e o Zé Daniel Abrunheiro têm o privilégio de poder entrar na cozinha e de partilhar os preparativos. Desta vez, tivemos dez perdizes e meia dúzia de coelhos. Sim, dessas peças que a equipa de caçadores do António Simões trouxe das caçadas (em Espanha).

Os “grão-mestres-de-cozinha” Debatem a magna questão dos temperos para as iguarias…
As perdizes são preparadas conjuntamente com arroz. Os coelhos guisados em muito molho. Ervas aromáticas…outros condimentos… alguns segredos que os especialistas não divulgam. Batatas para acompanhar. Azeitonas e, como sempre, o vinho-Dão caseiro... A coroar, doçaria também ela caseira, feita nessa tarde. Fruta da época (laranjas), dos quintais do Simões e do Américo “Rofia”. Aguardente de Pêra, autóctones (uma e outra).

Tudo isto e mais ainda. Ao calor do fogão a lenha e das duas lareiras da casa.
E “naquele” ambiente de calor humano, de amizade, de franco convívio! Eurico “Algarvio” – que sempre gosta de exibir a sua (alegada…) craveira gastronómica - acabará por atribuir um pequeno “defeito” ao arroz das perdizes. Segundo ele, o arroz “ferveu mais 32 segundos do que devia” (…).

Momento cultural da noite Com o famoso trio (ou quadra…) que “abrilhantou” o convívio
Depois do repasto, “de reis” - segundo uns – “de abades” – segundo outros – seguiu-se a parte eminentemente cultural. À viola e nas baladas, o Zé Daniel Abrunheiro que, com o nível reconhecido, reatou a sua participação nestes convívios. E, claro, o Murça, “cantautor” de fados, cantigas e poemas. O Zé Manel Costa e o Nelson Galante arriscaram uns avanços, mais trauteados que cantados ( as letras das músicas são um problema…). O Sérgio Juca não levou a viola e foi pena. O serão decorria descontraído. As pessoas usufruíam-no. É o prazer de viver a conviver.

Passava da uma da madrugada quando se entendeu falar (apesar do “ruído”…) sobre os projectos do Núcleo, durante 2004. Claro, vamos realizar uns “joguitos” de futebol/veteranos com as correspondentes “terceiras e quartas partes”. E para o encerramento da época “futebolístico-gastronómico-cultural”, a 25 de Setembro, em Vila Franca, vamos já encomendar o (futuro) porco “biológico” que terá a subida honra de vir a ser degustado na festança. E o Pinto, desta vez, vai contactar os Veteranos do Sporting (enfim…) para ver se eles podem cá vir nesse dia. Para realizarmos mais um triangular, o “XIV Torneio Ibérico em Futebol – Veteranos” para o qual também vamos (re) convidar os “velhos” amigos espanhóis da região de Salamanca e Ciudad Rodrigo. O Américo mantém-se como o “mister” / destreinador principal e o Nelson acumula o cargo de “bruxo” com o de “parapsicólogo” da equipa e, assim, consegue a síntese entre a superstição e a ciência (…).

Neste 2004 em que a União perfaz setenta anos de vida. De vidas.
No final, mesmo mesmo a acabar, o Abrunheiro tocou e cantou a última da noite e bebeu mais um copo de tinto, no que foi seguido por outros. Comentou o “doc” Nando:- “ porra, como é que aquela viola ainda toca (…) e como hei-de eu ir agora para Coimbra?!...”.

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No momento em que se escreve este texto está um frio de rachar !
-Vila Franca da Beira -20-01-2004-


“Ele” aí está. Sobretudo de noite. Temperaturas a rondar os zero graus, e a descer… É tempo “dele”, mas lá que “dói” isso “dói”… A Serra tem neve ( gelo) lá em cima. O vento passa por lá e quando cá chega, “corta”… A geada e o caramelo vidram pela manhãzinha. Sucedem-se os ciclos da natureza, e da vida também.

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Janeirinhas

Vários elementos do Rancho Rosas de Vila Franca saíram à rua, a 1 de Janeiro, a cantar as “Janeirinhas”.

Iniciativa sempre do agrado popular. Além do mais, com bom “proveito” para o próprio Rancho e para os cantadores e tocadores, no acto. Para o Rancho, foi recolhida apreciável quantia em dinheiro, por donativos. Cantadores e tocadores, casa a casa, esses foram apreciando outras e genuínas Janeirinhas: - licor, jeropiga, doçarias, queijo, chouriça… Uma festa !

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Leilão de oferendas para a Capela ( na quadra dos Reis)

Foi no primeiro Domingo do ano, portanto a 4 de Janeiro. No Largo da Capela. Quase vésperas de Reis. Tradição que se mantém. Oferendas ( sobretudo de bens comestíveis) que o Povo faz à Santa Margarida ou à Senhora da Conceição e que, depois, a “Comissão da Capela” se encarrega de fazer leiloar por esta altura. Muita gente se junta no Largo da Capela a fazer os seus “lances” para o leilão ou simplesmente a assistir. É animado. Os fundos obtidos revertem para a Capela.


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Assembleia Geral ELEITORAL da União D. T. Vilafranquense, UDV;

Assembleia Geral para aprovação de Relatório e Contas, 2003” e para aprovação de “Plano de Actividades e Orçamento para 2004”, estes últimos já para a nova “gerência”.
Vão ser ( ambas ) na Sexta-Feira, dia 23 de Janeiro. A partir das 21 horas, na Sede da União.
A Assembleia Geral Eleitoral como primeira tentativa de eleição dos novos Órgãos Sociais para um mandato de dois anos, já ao abrigo dos novos Estatutos. E noutra Assembleia Geral prevê-se aprovar o “Relatório e as Contas” do exercício findo em 2003, bem como a provar o “Plano de Actividades e o Orçamento para 2004”. Ano de 2004 durante o qual a União perfaz 70 anos de vida ( 8 de Julho). Enfim, sempre a andar… Haja vontade e disponibilidade !

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Assembleia Geral “Comensal” do Núcleo de Veteranos (futebol) da UDV

Vai ser a 24 de Janeiro. Provavelmente na casa do António Simões ( para variar…). É o primeiro convívio do Núcleo, este ano de 2004. Para definir as condições gerais da época “futebolístico-gastronómico-cultural”. Para a primeira tainada do ano. Esperam-se “prodígios” culinários, entre outros !

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Baile de ENTRUDO e concurso de disfarces de “entrudos”

Na Segunda-Feira de Entrudo ( 23 de Fevereiro), à noite. Na Sede da União. A iniciativa já está em marcha através de uma “comissão de Sócios”. O baile é “abrilhantado” ( como era costume dizer-se) por um trio musical contratado. A meio da noite, terá lugar um concurso ( com prémios) para os fantasiados de “entrudos”. Afinal, dentro da velha tradição das nossas gentes ( antes da “poluição” cultural provocada pelas importações carnavaleiras…). Esta iniciativa conta com o apoio da Junta de Freguesia ( pelo menos).

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Tradições: CEPO DO NATAL - 2003

Bem, lá se pôs o Cepo de Natal a arder, no Largo da Capela. Três dias antes do Dia de Natal. Desta vez, e para já, foram mesmo cepos de pinheiro. Um montão que se consome rápido. Entretanto, começou a chover. Vão durar mais…

Enfim, lá houve uns “voluntários” para os ir buscar, com tractor e atrelado. Antes, era com carro de bois… Depois, também houve quem apresentasse umas chouriças, à noite, para assar no braseiro. E onde aparecem chouriças também aparece o garrafão do tinto! É aquele conjunto !
Natal em público. Comunitário. Ainda e sempre as reminiscências de outros e longínquos tempos. Num ritual hoje difuso mas, ainda assim, com traços de verdadeira reencarnação. Amanhã, será preciso ir por mais cepos. Onde os houver. Senão, algum pinheiro taludo vai encontrar o caminho da glória. Com ou sem a bênção do respectivo “dono”. Até ao Dia de Reis, se a tradição (ainda) for como antes.

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S. MARTINHO

Tradições do São Martinho - MAGUSTO - Na sede da União Desportiva e Tuna Vilafranquense - UDV - 2003

Domingo, 9 de Novembro - a partir das 15.00 horas -
Muitos convivas. Criançada em correria. Idosos, sentados, vão conversando em três ou quatro grupos. Duas mesas postas no centro do Salão. Lá fora a chuva ameaça. Faz algum frio...

Ei-las que chegam, “quentes e boas”. As Castanhas vêm em dois grandes baldes. Agasalhadas dentro de sacos de papel grosso. Tapadas com panos. Momentos antes ainda estavam a ser assadas em dois fornos a lenha, daqueles largos, em tijolo, onde ainda se cozem fornadas de pão. Enfim, nos magustos mais tradicionais, as castanhas eram (são) assadas ao fogo da fogueira de caruma ou de palha. Ficam mais negras. Casca enfarruscada. Pretexto para brincadeiras sem fim. Enfarruscadas, por mexer nas castanhas, as mãos enfarruscam, sorrateiras, a cara dos rapazes e das raparigas, dos namorados. A criançada delira! Lembram-se ?...

Estas, as castanhas do nosso Magusto, fumegam ao abrir-se os sacos. Estão muito quentes ainda. Mas há mãos com pressa, que se sujeitam... Mergulha-se uma travessa. Aí estão! Já em cima das mesas há que avançar sobre elas... Sopra-se nos dedos que a castanha queima. “Porra !”. Mas a coisa vai. Agora, mais devagar. Logo, mais depressa.

Farinhuda, a castanha “enrola-se” na boca. Ora aí temos, a “água-pé” ou o Dão, estilo “pronto socorro”. A garotada emborca sumos. Mesmo os mais idosos não enjeitam o(s) seu(s) copito(s). A coisa vai... Daí a um nadita, as vozes sobem de tom. Há faces que vão ganhando mais cor. Os dichotes tornam-se mais afoitos, mais atrevidos... Ouvem-se as gargalhadas. Dos homens e das mulheres. Em comum se convive !

É o apelo do solstício de Inverno. Esta quadra de S. Martinho ainda é a festa da abundância que antecede a dureza da invernia. Provação que nunca se sabia – e não se sabe - como cada um – primeiro pagão, depois cristão - seria capaz de suportar.

Cheira a castanha e a vinho!

Ah ! E aquela jeropiga ( ou “jorpiga” ) que lá apareceu ? P'ra “remoer” a castanha... Há quem confesse: - “foram só dois copitos, mas dá-se bem conta dela...”. O saudoso “Velhão” (de nome próprio, Fernando Fonseca) – personagem inesquecível da nossa Vila Franca – sempre chamava a (boa) jeropiga por “flanela”, dada a suavidade com que ela se insinuava pela garganta abaixo...
Cá fora, o ar arrefecido agride um pouco as faces aquecidas no Magusto...

“ AVISAR O S. MARTINHO “Pelas ruas, na noite de 10 para 11 de Novembro

O grupo “confidencial” – antigamente composto pelos mancebos em idade militar ou por mais velhos – sai a coberto da alta noite ( a partir da meia-noite ). Lá no seu altar, a Lua Cheia rebrilha. Algumas nuvens cobrem-lhe o rosto de névoas passageiras. De qualquer forma, a iluminação pública já não permite grandes veleidades quanto à não-identificação dos actuais componentes do grupo que saiu à rua... Não importa. Não se vai enxovalhar ninguém.
Começa-se pelo Fundo do Povo, na rua da Cruz. Dois ou três dos membros do grupo, voz arrastada, disfarçada e ampliada por largos funis em lata (ou “aparelho” similar), apregoam alternados:
- “Ó senhor António ................. ?!”
- “Não ´stá cá. Foi pró Bóquêdo...”
- “Fica avisado pra comparecer no Largo do Rossio, com um pipo de vinho, p'ra emborrachar o S. Martinho”.
- “Senão, paga quarenta e cinco prás cadeias do sino !”.
É rápido. Outros membros do grupo, chocalham imediatamente enormes e afinados chocalhos. Daqueles antigos, que os maiores carneiros e bodes ostentavam, ao pescoço, quando os rebanhos se exibiam. Belo chocalhar ! Depois, passa-se à frente, a outro que vai ser “avisado”. Não era costume “avisar-se” as mulheres. Para cada um há um “dito” apropriado. Também não é nosso costume entrar muito no achincalhe pessoal, pesem embora alguns atrevimentos...
Lembrando outra vez o “Velhão” ( faleceu há mais de 20 anos), ele gostava de se “avisar” a si próprio, sobretudo quando “atestava” com uns copos... Fazia-o com evidente gozo e na sua linguagem carregada de metáforas. “Velhão” era um verdadeiro filósofo rústico. Então, com o largo funil colado à boca, berrava da rua, frente à própria casa:
-“Ó Velhão – Senhor, Fernando Fonseca - Carrochinha ?” -- ( quer dizer, na mesma frase evocava-se pelo nome próprio e pelas alcunhas... ).
- “ No cá ´stá. ´Stá có cóia !” (tradução:- “Não está cá. Está com a borracheira”).
- “Atão, fica avisado p'rá parecer no Rossio, com a sua aranha pra carregar o Sã Martinho”. (tradução: - “então fica avisado para aparecer no Rossio, com a sua bicicleta para carregar o S. Martinho”).
- “Ó paga quarenta e dois e quinhentos p'rás cadeias do sino e vai-lhe mal... Côste, côste !” . (tradução:- “Ou paga quarenta e dois (escudos) e quinhentos , para as cadeias do sino e isso é mau para si...”. O “côste, côste” era uma interjeição que ele usava com muita frequência)...
Bom, desta vez, a volta ao Povo durou hora e meia. Sem problemas. Apenas uma “queixa” veio de um vulto que assomou à janela, provavelmente estremunhado. Levou mais umas “bocas”, cá de baixo...
E como as vozes dos “avisadores” acabaram a faina enrouquecidas, houve que as amaciar na adega de um dos companheiros daquela noite...
Não sei qual seja a origem desta nossa tradição. O facto de se “intimarem” as pessoas para irem para o Rossio e levarem alguma coisa para “o S.Martinho”, talvez remonte às primitivas festanças comunitárias em que se fazia colecta de bens alimentares para consumo em comum. Talvez. Ou talvez fosse oportunidade para alguma crítica social, a coberto da noite... Talvez.

“ENTERRO DO S. MARTINHO”
Dia 11 de Novembro, a partir das 21 horas

Este ano, o “pessoal” apurou a preparação. Para além do enorme boneco que simboliza o corpo do S. Martinho, e da padiola para o transportar (com velas e castiçais “implantados”), preveniu-se um grupo (homens e rapazes) para agarrarem nos vinte archotes disponíveis ( destes, dos de agora, de jardim). Resolveram meter um bocado de pano branco pela cabeça, até à cintura. É a “ Irmandade do S. Martinho ”, auto-designaram-se.

Uma improvisada aparelhagem sonora, carregada num carro-de-mão, ressoava em música expressamente seleccionada para o acontecimento. Coros em cânticos litúrgicos, música sacra. “Alguém” conhecedor providenciara...

Entretanto, a pedido, apagava-se a iluminação pública para nos transportar melhor até ao ambiente nocturno de antanho.

E o cortejo “fúnebre”, arrancou do Largo do Rossio, “tocado” por meia dúzia de foguetes...
À frente, em duas filas, uma de cada lado da rua, a “Irmandade do S. Martinho”, archotes ao alto. Logo a seguir, o “cadáver do S. Martinho” deitado na padiola transportada por quatro homens e rapazes, que se vão revezando.

O Carlos Sacristão – a fazer de padre de arremedo – vertendo copiosas citações, nas sucessivas paragens, num latinórium arrevesado, entremeadas por ditos à sua maneira, estes sempre em português bem explícito, com versalhadas jocosas, piadas brejeiras... Ajuda-o o António “Zangarilho”. Figura “castiça” esta. Dá as suas “bocas” e faz rir. O Ernesto também se abalança... Uma das “viúvas” do S. Martinho consegue um dos momentos da noite: - coloca um ramo de flores entre as pernas do boneco, lá em cima. O ramo mantém-se erecto. Grande S. Martinho !...
Primeira paragem frente ao café “da Joaquina”. Os ditos. O carpir em coro das “viúvas”. O Povo faz roda. Os archotes alumiam. Risos e gargalhadas.

O cortejo engrossou já. Crianças e jovens. Adultos. Idosos. Até “turistas” de povoações vizinhas. Mais de cem pessoas. Prossegue-se em “procissão”.

Novas paragens. Largo da Capela; Cimo do Povo; Largo do Cruzeiro; Largo da Marisqueira. Repetem-se as cenas. Mais gente se vai juntando. São umas cento e cinquenta pessoas. De todos os “credos” e condições. Ou seja, a maioria dos funerais “a sério” não tem tanto acompanhamento. Aliás, o “Enterro do S. Martinho” , mesmo sendo nesta época do ano, reuniu mais Povo que a procissão da Padroeira, esta em Agosto e com muitos emigrantes !

De novo no Largo do Rossio. Uma hora e pouco depois do início da volta.

O Carlos “Sacristão” – o que faz de padre de arremedo – empolga-se todo na última “encomenda” ao S. Martinho. A “oração” principal é o conhecido “Pai-nosso dos Bêbados” – aqui adaptado a “Pai Nosso do S. Martinho” – assim:

“ Ó Santa Uva que estais na parreira
Glorificado seja o Vosso líquido
Venha a nós o Vosso sumo
Para ser bebido à nossa vontade
Assim nas tabernas, como nas adegas
Bem como em nossas casas
Três litros, cada hora, nos dai hoje
Perdoai-nos as vezes em que nos tem feito mal
E em que gritamos pelo S. Gregório
Não nos deixeis cair atordoados
E livrai-nos da polícia em horas mortas
Nas tascas, nas estradas, nos bordeis !
Amen
...
O Amadeu “Jordão” – elemento importante na organização – pega fogo ao boneco do S. Martinho que já está suspenso numa vara, na vertical. É a velha - e trágica - simbologia da “purificação pelo fogo” !

O Povo mantém-se a assistir. Assobiam e estralejam foguetes. Reacende-se a iluminação pública. Cala-se o Carlos “Sacristão”, e a aparelhagem sonora também. Encerra-se mais um “Enterro do S. Martinho”, em Vila Franca da Beira.

Tal como já se disse, teve um enorme, enorme “acompanhamento”. O Povo gostou ! Para o ano há mais, ficou prometido.
...
Há semelhanças notórias com o “Enterro do Entrudo” que se faz noutras regiões. Aliás, aqui bem perto, em Lagares.

Em Vila Franca não se entra no achincalhe pessoalizado.

Este nosso “Enterro do S. Martinho” vive muito, é certo, da habilidade do Carlos “Sacristão”.
Mas, quanto a mim, a nota dominante - para além da grande adesão popular – traduz-se na “reciclagem histórica” dos ritos e rituais. Como se sabe, primeiro foram os ritos pagãos, aos medos e necessidades, aos deuses, à natureza. Depois, vieram os romanos e a religião. Com isto, os primitivos ritos e rituais foram “reciclados” e adaptados, entre nós, às necessidades da Igreja Católica. Agora, nesta nossa expressão “tradicional” do Enterro do S. Martinho, os ritos e rituais (enterros; procissões) da Igreja Católica, estão a ser “reciclados” e adaptados, de novo, a um certo “paganismo”.

A organização e as “ideias” saíram espontâneas. Sem grandes reflexões intelectuais. Apenas a música veio dessas paragens... Não há “perigo”... Ninguém quer “ofender” os sentimentos religiosos ou outras susceptibilidades pessoais.

O próprio facto de se arremedar um enterro, até que é salutar. O “exorcismo”, desses medos e tabus, ajuda a pessoa e ajuda a comunidade. As brejeirices puxam mais para as tradições do Entrudo - a que deixámos de brincar na devida quadra, intoxicados que andamos com as porcarias que nos impingem como “carnaval”.

Em síntese:- entre nós, o “Enterro do S. Martinho” faz o pleno:- junta, na mesma onda, os crentes, os ateus e os “pagãos-novos”. Eu cá, sinceramente, nesta(s) noite(s) sinto-me um desses “pagãos-novos”...

Novembro, 2003

João Dinis, Jano

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